Por um final diferente

Remanescente da trágica campanha do rebaixamento em 2005, o zagueiro Lima vai ocupar a vaga do contundido Réver, no confronto contra o Palmeiras, amanhã, fora de casa
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:20/11/2010 07:00
O técnico Dorival Júnior pretendia ter amanhã, contra o Palmeiras, às 17h, em Araraquara, o mesmo time que goleou o Flamengo na rodada passada do Campeonato Brasileiro. No entanto, o departamento médico frustrou os planos do treinador. Réver, com um estiramento na parte posterior da coxa esquerda, foi vetado. O zagueiro se machucou na partida contra o rubro-negro, mas, mesmo assim, viajou com a Seleção Brasileira para Doha, no Catar. O pedido para que ele viajasse teria partido de Mano Menezes, que considerou importante a presença de Réver na delegação. Apesar da contusão do defensor, Dorival Júnior ganhou um importante aliado na luta contra o descenso: o também zagueiro Lima, que viveu, em 2005, o drama do rebaixamento.
Lima começou a se destacar com a camisa alvinegra justamente naquele ano fatídico, quando subiu dos juniores. As lembranças não são as melhores, embora tenha sido titular somente em duas ocasiões, nas vitórias sobre Brasiliense (2 a 1) e Santos (3 a 0). Por isso, nem passa pela cabeça do jogador reviver momento tão trágico. “De maneira alguma”, enfatiza Lima.
Para o defensor, o jogo de amanhã é fundamental para a permanência do Galo na Série A. Sobretudo porque a rodada é favorável, considerando os confrontos dos adversários diretos na classificação. O Flamengo, com um ponto de vantagem sobre o alvinegro, enfrenta hoje o Guarani, na zona de rebaixamento, com dois pontos menos. Amanhã, o Avaí, que também tem menos dois do que o Galo, joga contra o Atlético-GO, que tem a mesma pontuação que o rubro-negro carioca.
A possibilidade de o Palmeiras enfrentar o Atlético com a maioria de reservas torna a rodada ainda mais favorável ao alvinegro. Lima sabe da responsabilidade, apesar de admitir surpresa com o veto de Réver. “É o nosso jogo do ano. Sabemos da importância e o que representa para nós. Vou sentir um pouco a falta de ritmo por não jogar, mas tenho treinado forte durante a semana. A gente sempre espera uma oportunidade, mas nunca que ela apareça assim. Estou entrando tranquilo, porque sempre entrei em jogos difíceis e decisivos. Espero fazer uma boa parte e dividir a responsabilidade com meus companheiros.”, salienta.
SEM EMPOLGAÇÃO Dorival Júnior destaca a confiança em Lima, que vai compor o setor com Werley. Por outro lado, rechaça qualquer tipo de vantagem sobre o time de Luiz Felipe Scolari, pelo fato de o Verdão ir a campo com os reservas. “O Atlético não terá vida fácil, assim como o Palmeiras não teve quando poupamos os nossos titulares (na Sul-Americana). Por isso, a nossa preparação foi bem acima do que foi feito para enfrentar o Flamengo. Conseguimos um resultado importante na rodada passada. Nada mais do que isso”, pondera.
O treinador destaca que há ainda muito trabalho a fazer para salvar a temporada alvinegra. “A situação do Atlético é preocupante, e o nosso trabalho não acabou. O Atlético tem muito o que melhorar e temos de pensar jogo a jogo, mantendo o equilíbrio e a tranquilidade. A minha preocupação, neste momento, é fazer uma boa partida contra o Palmeiras, pois qualquer erro será fatal. Prefiro pensar rodada a rodada e faltam apenas três”, disse.