Paulo Galvão - Estado de Minas
Nas últimas semanas, muito se destacou a melhora de qualidade do grupo do Atlético, fator importante para esta reta final do Campeonato Brasileiro. Mas, no futebol, também é importante mexer pouco na equipe, dando prioridade à melhora do entrosamento. Talvez pensando nisso, o técnico Celso Roth preferiu repetir, contra o Barueri, amanhã à noite, no Mineirão, a escalação da vitória por 3 a 1 sobre o Santos, há cinco dias, no mesmo local. Assim, recém-contratados, como o armador Ricardinho, e os recuperados de contusão, como o zagueiro Welton Felipe, ficam como opção no banco. A manutenção da equipe de uma partida para outra não vem sendo comum no Galo de Roth. No começo do Brasileiro, ele chegou a usar a mesma formação em três rodadas seguidas, contra Grêmio, Sport e Santo André, com dois triunfos e um empate. Mas, ao pegar o Atlético-PR, o treinador deu chance ao zagueiro Werley, porque Leandro Almeida estava sendo negociado com o Dínamo de Kiev. A escalação se repetiu na vitória sobre o Náutico, pela sexta rodada, mas já na sequência, na visita ao Santos (mais três pontos), o técnico teve de usar o armador Chiquinho na lateral esquerda, pois Thiago Feltri cumpria suspensão, por ter sido expulso diante do Timbu. A partir daí, alterações viraram rotina na vida atleticana. Só depois de seis rodadas, já no fim de julho, Roth pôde novamente escalar o mesmo time, contra Goiás e Flamengo. O que não evitou, porém, que o time sofresse duas derrotas, até pelas mudanças que já vinham sendo feitas anteriormente. Os desfalques e retornos prosseguiram e reforçaram a decisão de escalar equipe mista na Copa Sul-Americana, em que o Atlético acabou eliminado nos pênaltis pelo Goiás. E só agora o treinador consegue manter a equipe em dois jogos seguidos. Para os jogadores, isso é bom, mas ter opções também. “A repetição do time facilita, pois a gente conhece quem está ao nosso lado dentro do campo, sabe como gosta de receber o passe, como se movimenta. Mas temos de procurar fazer uma boa partida contra o Barueri, independentemente de quem for escalado”, comenta o volante Márcio Araújo. Ao se contundir contra o Flamengo, ele se constituiu num dos motivos para Roth mexer no time. Depois dele, o também volante Serginho foi para o departamento médico e as mudanças continuaram, provocadas ainda por suspensões e opções técnicas. Após mais de um mês em recuperação, Márcio Araújo retornou bem no empate sem gols com o Náutico e foi importante na vitória sobre o Santos. Diante do Barueri, ele espera manter a pegada, pois prevê muitas dificuldades mesmo no Mineirão, empurrado pela torcida, que até ontem havia comprado 20.261 ingressos. “O Barueri merece respeito. Até por não ter tanta tradição, joga com menos responsabilidade e tem complicado a vida dos adversários, mesmo fora de casa. Então, é ter atenção, não dar espaços e buscar a vitória.” COMEMORAÇÃO Ontem, a Federação Colombiana de Futebol divulgou a lista dos 23 jogadores convocados pelo técnico Eduardo Lara para os jogos contra Chile, em 10 de outubro, e Paraguai, quatro dias depois, pelas duas últimas rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo’2010. Dela não consta o nome do atacante Rentería, que fora pré-convocado. Embora o Atlético ainda aguarde comunicado oficial, os torcedores já comemoram, pois ele poderá enfrentar Botafogo e Cruzeiro, ao contrário do artilheiro Diego Tardelli, que se apresentará segunda-feira à Seleção Brasileira. Ontem à tarde, Mike Rigg e Luís Vicente, respectivamente diretor-técnico e chefe do departamento de novos negócios do Manchester City, visitaram a sede de Lourdes e a Cidade do Galo, conhecendo toda a estrutura do clube, inclusive o espaço destinado à base.
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