domingo, 14 de julho de 2019

Altura x idade: rivais no clássico apostam em suas virtudes para avançar na Copa do Brasil Rodrigo Gini Hoje em Dia - Belo Horizonte 09/07/2019 - 06h36 Clássico se define nos detalhes, reza a sabedoria do futebol. E numa era em que estatísticas, análises e o estudo dos rivais se tornam cada vez mais importantes, a ordem é aproveitar ao máximo as virtudes e minimizar as deficiências (ou superioridade do adversário em determinados aspectos). Não poderia ser diferente no duelo que começa quinta-feira no Mineirão, entre Cruzeiro e Atlético, por uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil. Respectivos momentos à parte – o do Galo é mais tranquilo que o da Raposa, dentro e fora de campo – os dois técnicos têm aspectos a seu favor e motivos de preocupação. Os números mostram que o agora efetivo Rodrigo Santana tem, à disposição, um time mais jovem, o que é sinônimo de vitalidade física e possibilidade de apostar nas jogadas rápidas. Já Mano Menezes conta com um grupo de titulares mais alto que, se não vem conseguindo fazer prevalecer a vantagem na defesa, faz do jogo aéreo ofensivo uma arma importante. O que, aliás, tem sido a principal preocupação alvinegra na temporada. No Galo, Alerrandro, com 19 anos; Zé Welison e Igor Rabelo, com 24, ajudam a puxar para baixo uma média de idade que fica nos 29. Curiosamente, mesmo com a ida de Leonardo Silva, Adílson e Ricardo Oliveira para o banco, o time envelheceu em relação ao Mineiro, quando o jovem Guga era o titular na lateral-direita. Atualmente, quatro são os trintões em campo – Victor, Réver, Fábio Santos e Elias. Do lado estrelado, a situação se inverte. Apenas Lucas Romero e Marquinhos Gabriel ainda estão na casa dos 20. E Fábio, aos 38, será o mais experiente em ação – um aspecto de menor peso para quem atua embaixo das traves, tanto assim que o camisa 1 celeste vive um de seus melhores momentos, mesmo com a queda de rendimento coletiva após a conquista do Mineiro. Trata-se de uma característica, no entanto, que acaba condicionando o estilo de jogo da equipe de Mano, exigindo perfeição na troca de passes e no posicionamento, assim como atuações inspiradas dos homens de criação e conclusão. Dois centímetros No quesito altura, vantagem de dois centímetros para o Cruzeiro (1,79m a 1,77m), o que pode não ser tão visível na defesa (Dedé e Réver empatam como os mais altos do confronto, com 1,92m, enquanto Rabelo é quatro centímetros mais alto que Léo), mas amplia o leque de opções no ataque. Com 1,85m, Fred deu inúmeras mostras do poder de suas cabeçadas, além de ter um posicionamento na área considerado referência para a posição. O atacante referência alvinegro, Alerrandro, é o mais alto entre os homens de meio e ataque atleticanos, com 1,76m, enquanto Luan, Chará e Cazares praticamente desaparecem em meio à marcação adversária. Como o futebol gosta de brincar com a lógica, nada impede que um baixinho alvinegro balance as redes de testa; ou que um jogador 'pra lá dos 30' da Raposa deixe o seu em um contra-ataque rápido. Mas em busca de uma classificação sobre o maior rival, com direito a um cheque de R$ 3,6 milhões e o sonho de mais um título levado adiante, vale apostar em qualquer vantagem.

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