sábado, 25 de agosto de 2018
História entre Atlético e Cruzeiro é tema de livro em crowdfunding
Jornalista de O Tempo é coautor de obra que planeja contar todos os clássicos da história e colocar um "denominador comum" na polêmica entre os rivais
História do clássico é tema de livro de jornalistas
Foto: João Miranda - 3.2.2013
Da Redação | @SuperFC
15/01/18 - 11h28
A rivalidade entre Atlético e Cruzeiro sempre esteve enraizada no imaginário do torcedor mineiro. Não à toa, ainda que coirmãos, os clubes buscam incessantemente se distanciar, evidenciando suas diferenças, até mesmo quando o assunto é frieza dos números. A contagem de clássicos é o mais notório exemplo, já que cada lado apresenta sua “versão” do número de embates, sendo considerados 501 duelos na lista do Galo, contra 484 da Raposa. Incomodados com esse fenômeno, dois jornalistas fizeram uma pesquisa e escreveram um livro que traz um outro lado dessa história quase centenária.
Elaborado pelo repórter de O TEMPO Wallace Graciano e o editor de esportes do Hoje em Dia, Alexandre Simões, a obra conta cada um dos duelos do maior espetáculo que Minas Gerais pode oferecer aos amantes de futebol, mostrando a diferença nas contas dos clubes e o porquê delas. Para lançar o livro, os dois lançaram uma campanha de financiamento coletivo (crowdfunding) em busca dos recursos financeiros.
Através de "doações", que vão de R$ 10 a R$ 10 mil (cota empresarial) e trazem benefícios proporcionais aos valores, a campanha pretende arrecadar R$ 24,8 mil, que custeariam todo o processo de impressão dos 2.000 exemplares que contariam a história do embate. Você pode contribuir com o projeto em: https://www.catarse.me/atleticoxcruzeiro
Segundo Graciano, em nenhum momento o objetivo da obra é apontar que um time ou outro está errado, apenas buscar um denominador comum através de critérios da Fifa e CBF para que um jogo seja considerado oficial.
“Não existe no futebol uma fórmula que diga que A + B = X. Ainda mais se tratando de um conteúdo histórico, já que nem mesmo as regras do esporte eram uniformes. Somente nas últimas décadas que chegou-se a um critério. Por isso, seria completamente irracional falar que o Atlético ou Cruzeiro erraram nas contas. Cada um tem seus critérios. O que fizemos foi simplesmente adotar um critério padrão, através de normativas da Fifa e CBF, já que invejamos um pouco o Grenal, que possui números fixos da quantidade de embates”, explicou o coautor da obra.
Ao exemplificar alguns clássicos polêmicos, Graciano cita, inclusive, clássicos recentes. “Tem-se no imaginário que a discórdia vem de clássicos da década de 1920 e 1930. Claro que a maioria vem daí, mas existem cerca de 25 clássicos controversos entre os times. Alguns até recentes, como o da Copa Centenário, de 1997. O que fizemos foi observar o porquê do time não ter jogado com o quadro principal, se o regulamento da competição era restritivo, se a competição foi invalidada posteriormente, etc”, aponta.
O coautor da obra esclarece que há curiosidades que sequer podem dar uniformidade a todo o período do clássico. “As regras do futebol nunca foram e nunca serão uniformes. Tivemos uma precisão para olhar até o período de tempo de jogo. Alguns clássicos foram disputados com 80 minutos de jogo, para se ter ideia, que era o padrão do futebol brasileiro, ainda que contrário à normativa da Fifa em alguns períodos. Isso que faz a beleza do clássico”, completa.
A campanha de financiamento coletivo foi iniciada na última quarta-feira (10) e seguirá até 11 de março deste ano, pouco menos de uma semana após o próximo duelo entre os clubes, em 4 de março, pela 9ª rodada do Campeonato Mineiro. Os autores arrecadaram R$ 1.825 até o momento, cerca de 8% do necessário. Caso atinjam a meta, a expectativa é que o livro seja entregue até julho. Se não conseguirem, todo o valor arrecadado voltará aos apoiadores
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