sexta-feira, 16 de março de 2018
Campeão e MVP do último Brasil Bowl, Alvaro Fadini quer repetir a dose no Galo FA
Em 2017, o capixaba liderou o título invicto da Brasil Futebol Americano (BFA) do Cruzeiro; na atual temporada, o quarterback mudou de lado e agora vai vestir a camisa do Galo FA
Por José Renato Campos, Vitória, ES
16/03/2018 19h52 Atualizado há 1 hora
Campeão, competitivo, líder e talentoso. Essas são algumas das características de Alvaro Fadini, quarterback capixaba do Galo FA. Agora vestindo a camisa alvinegra, em 2017 o jogador liderou o título invicto da Brasil Futebol Americano (BFA) do Cruzeiro - maior rival do seu atual clube. Sendo eleito, inclusive, o MVP do Brasil Bowl, quando a sua equipe venceu o João Pessoa Espectros por 30 a 13.
Praticante de natação e basquete quando criança, Alvaro ingressou no futebol americano em 2011. Natural de Vitória, capital do Espírito Santo, o atual quarterback do Galo FA iniciou a sua trajetória na bola oval no Tritões FA. O jogador atuou pela equipe capixaba por cinco temporadas.
Mas antes de se tornar o principal quarterback do Brasil, Alvaro já atuou como wide receiver e safety. Foi apenas na temporada de 2014 que ele passou a comandar o ataque do Trintões FA. De lá para cá o jogador rumou em direção a Belo Horizonte e se tornou uma máquina de touchdown.
Depois de uma temporada de glórias coletivas e individuais, a ordem de Alvaro Fadini é não se acomodar. Letal, tanto no jogo aéreo quanto no terrestre, as defesas adversárias têm muito com o que se preocupar. O jogador não se dá por satisfeito e espera repetir os êxitos conquistados na temporada passada.
- Eu pretendo continuar em ascensão. Não posso se acomodar em nenhum momento. Eu gosto de disputar, e quando fico acomodado eu fico ainda mais incomodado. Então eu irei continuar treinando forte pra poder melhorar e continuar ajudando a minha equipe a conquistar títulos. Eu gosto de entrar em campo, de sobrepujar o adversário, ganhar e disputar. Se no ano passado a gente conquistou tudo de forma invicta, este ano se eu puder repetir, melhorar e continuar em ascendência, é o que procuro fazer.
Da Toca da Raposa para a Cidade do Galo
No início do ano, uma nova diretoria assumiu o comando do Cruzeiro. E, apesar do título invicto da BFA 2017, o time celeste foi desfeito. Os novos dirigentes não quiseram renovar a parceria.
Os jogadores, entretanto, possuem vínculo com uma empresa. A partir daí, o Atlético entrou no assunto e firmou uma parceria com essa empresa, fundando o Galo FA. De acordo com Alvaro Fadini, o fato de vestir a camisa alvinegra logo após uma temporada de sucesso do lado celeste não pesa em nada.
- Pra mim, como atleta, não muda muita coisa. Eu não sou mineiro, sou capixaba, então não cresci, não desenvolvi e não vivi essa rivalidade entre Atlético e Cruzeiro. Isso, pra mim, é algo à parte de tudo o que acontece. A galera aqui de Minas leva isso a sério, então muita gente que é cruzeirense não vai torcer mais pra gente.
Sobre o novo projeto que ele faz parte, o quarterback é só elogios. Segundo ele, o tempo de parceria, de no mínimo três anos, é primordial para o desenvolvimento do esporte no país e, também, para o surgimento de novos talentos.
- Eu achei a ideia do projeto com o Galo mais sólida. A parceria é de, no mínimo, três anos. Isso nos dá uma segurança de desenvolver o projeto a longo prazo, porque como o futebol americano não é um esporte cultural aqui, ainda, a gente não consegue formar o atleta desde cedo. Às vezes ele chega um pouco tarde e cru, e isso necessita de um tempo ainda maior pra poder começar a utilizá-lo de verdade. Com três anos dá pra fazer um planejamento e desenvolver esse projeto a longo prazo
Reencontro com Tritões FA
O esporte, além de emocionante e apaixonante, prega algumas peças. Na primeira rodada da BFA 2018, o Galo FA viaja até Vitória para enfrentar o Tritões FA, time que revelou Alvaro Fadini. Não será a primeira vez que o quarterback enfrentará a sua ex-equipe. O capixaba, porém, encara o reencontro com a maior naturalidade. E até revela uma história curiosa após o último encontro que ele teve com a equipe capixaba, nos playoffs da BFA 2017.
- Eu conheci o futebol americano através do Tritões. Tenho muitos amigos no time, vários deles até extra-campo a gente tem atividades fora do campo, não só como jogador e colega de time. Nós vamos enfrentá-los logo na primeira rodada do Brasileiro. A gente viaja para o Espírito Santo pra poder jogar na casa do Tritões. Vai ser legal voltar pra casa um pouquinho, visitar a família. Ano passado nós enfrentamos eles no mata-mata. Eu me lembro que a esposa de um dos meus melhores amigos me mandou mensagem após o jogo agradecendo por ter dado férias antecipadas para ele (risos). A gente deu risada, obviamente. Se divertiu com isso, mas o esporte nos coloca nessas situações. Eu não acho nem um pouco ruim, até me divirto bastante.
Idolatria por Drew Brees
Se Alvaro Fadini é um dos principais quarterback no Brasil, Drew Brees é um dos principais da história da NFL. Por que a comparação entre o capixaba e o jogador do New Orleans Saints, campeão e MVP do Super Bowl, em 2009? Porque Brees é o grande ídolo do atleta do Galo FA. O brasileiro, entretanto, rechaça qualquer paralelo entre ambos.
- É muito difícil fazer essa comparação com os jogadores de lá. Eu nem me arrisco a fazer um negócio desse (risos). Mas eu sempre gostei de assistir o estilo de jogo e a pessoa do Drew Brees. Sempre gostei de como ele se apresenta e lidera. É um cara com várias temporadas com mais de cinco mil jardas passadas. Se eu disser alguém que eu me identifico nessa questão de ídolo no esporte, esse cara é o Drew Brees - finalizou.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário