quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Após reunião com a PMMG, Atlético espera revisão do laudo do Independência em 48 horas Frederico Ribeiro fmachado@hojeemdia.com.br 31/01/2017 - 17h46 Na manhã desta terça-feira, na sede do Atlético no bairro de Lourdes, representantes do clube mineiro se reuniram com oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais para discutirem o laudo apresentado pela PM, na semana passada, que apresentava o Independência como um local inseguro para receber determinados jogos, levando em consideração a relação da torcida mandante com os torcedores visitantes. O Atlético apresentou questionamentos do laudo de segurança expedido pela Polícia Militar e encaminhado ao Galo, Cruzeiro e à BWA (concessionária que administra o Horto). A argumentação do Atlético se baseou, principalmente, na incongruência de um poder público (PM) "vetar" a realização de partidas de futebol em um estádio que foi reconstruído pelo Estado de Minas Gerais. "O que ponderamos para a PM foi o seguinte: questões ligadas à inadequação, eventual inadequação do estádio naquele local, povoado, com ruas estreitas, isso já foi superado na opção que o poder público fez na época ao investir R$ 130 milhões (na reconstrução do estádio). Licitou o estádio com aquelas características, com todos os licenciamentos. Então, se um órgão do Estado (Polícia Militar) comparece e inviabiliza este sistema aprovado pelo próprio poder público, quem irá pagar é o próprio poder público", explicou o diretor jurídico do Atlético, Lásaro Cândido, ao Hoje em Dia. A Polícia Militar sofreu troca no comando-geral do policiamento da capital mineiro. Nesta segunda-feira, o coronel Helbert Figueiró de Lourdes assumiu o posto em substituição ao coronel Marco Antônio Badaró Bianchini. Além disso, o comando do Batalhão de Choque também mudou de mãos. O diálogo entre as partes fluiu, segundo Lásaro. A PM deixou a reunião com a promessa de que iria revisar o laudo de segurança levando em consideração as considerações da diretoria do Galo, as quais foram classificadas como "pertinentes". O Atlético, agora, espera uma nova resposta da Polícia, num prazo estabelecido de 48 horas. "A PM ouviu com muita atenção e prometeu fazer uma revisão do laudo. Se vai acolher (os questionamentos do Atlético) ou não, não sabemos. Mas nos encaminhará em 48h um novo laudo. Houve uma conversa com o novo comandante de forma completamente diferente (do tom irredutível adotado pela PM antes). Não há nada concreto ainda, mas ele disse abertamente que irá fazer uma reavaliação pois as colocações do Atlético são pertinentes. Vai passar uma posição da PM e, a partir daí, o Galo irá posicionar", acrescentou o advogado alvinegro. O VETO Na noite da segunda-feira retrasada (23), a Polícia Militar mineira elaborou um novo laudo de segurança do Independência no qual evidenciava riscos de segurança que incapacitaria o estádio de receber jogos específicos de Atlético e Cruzeiro. No caso do Galo, maior prejudicado por mandar os jogos no Horto, a equipe alvinegra não poderia enfrentar Cruzeiro, Flamengo, Corinthians, São Paulo, Internacional, Atlético-PR e Sport. O fato de o estádio estar localizado numa área urbana, com ruas estreitas e de difícil disperção de grandes aglomerações fizeram a PMMG elaborar o laudo que proibia estes jogos. O Atlético prontamente se manifestou contrário à decisão, tendo o apoio da BWA Arenas (que não participou da reunião). Além de citar que o "construtor" do Novo Independência seria prejudicado por um órgão de sua competência, o Galo também justifica que o cenário do Independência em dias de jogos apresenta um quadro de violência favorável em relação à violência urbana das grandes capitais brasileiras. A PMMG não teria poder de vetar que o Atlético levasse os jogos para o Independência. Entretanto, qualquer decisão de órgãos de segurança costumam ser acatados pelas entidades esportivas. "Se mantido o veto, o estádio está inviabilizado. A Polícia Militar não tem poder de impedir, mas os órgãos de segurança são muito importantes. E normalmente as entidades esportivas ouvem as determinações ou questionamentos da segurança. Se há um questionamento, as entidades esportivas não realizam a partida", completou Lásaro Cândid

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