EU VOU
Vestindo a roupa da velha paixão
Estado de Minas -
Publicação:
10/12/2013 08:28
Atualização:
10/12/2013 08:36
O gestor de marketing Ricardo Ribeiro Lisboa, de 51 anos, transformou a paixão pelo futebol e pelo clube do coração em personagens que já se tornaram folclóricos nos jogos do Atlético, principalmente no Independência. O “São Victor” é a bola da vez. Lisboa não perde um único jogo do Galo em Belo Horizonte e se veste com roupas exaltando seu “santo de devoção” em homenagem a um dos grandes ídolos do time.
Claro que a paixão o faz seguir o time, comemorar cada vitória como se fosse um título e sofrer com cada derrota, mas sem perder a esperança que virou o mote do refrão da Massa atleticana na vitoriosa campanha da Libertadores: “Eu acredito!”. Com as passagens em mãos, Ricardo embarca no dia 15 para o Marrocos, via Doha (Catar), e acredita, novamente, que vai retornar a Belo Horizonte no dia 24, véspera de Natal, trazendo a taça de campeão do Mundo! Com essa fé inabalável em “São Victor e equipe”, ele não teme o Bayern nem qualquer outro adversário que atravessar o caminho do Atlético naquele país. Na mala, leva as fantasias de São Victor e algumas do Ronaldinho, mas diz que a melhor surpresa será a da volta ao Brasil com “o Galo campeão do mundo!”.
“Considero-me um torcedor diferenciado, porque de uma simples gozação à torcida adversária do Cruzeiro há quatro anos hoje sou uma figura folclórica nos jogos de meu glorioso Atlético, aguardada pelos torcedores”, festeja Ricardo. Desde 2009 ele vai fantasiado aos jogos do alvinegro. A princípio, alugava em lojas especializadas (a primeira, de Homem-Aranha, em homenagem ao Goleiro Aranha, hoje no Santos), mas desde 2011 passou a criar. “De uma simples frase fazendo uma crítica ao time adversário ou um elogio a um jogador, crio uma fantasia de duplo sentido e vou com aquele tema.”
Só de Ronaldinho Gaúcho foram mais de 10 fantasias, sendo a primeira uma das mais marcantes. O craque tinha acabado de ser contratado e a imprensa dizia que ele estava acabado para o futebol. Surgiu então a fantasia de “Ronaldinho Fênix – Ressurgindo das cinzas”. Em seguida vieram personagens como Ronaldinho Abelha E-49, Ronaldinho Travolta, Ronaldinho cover, Ronaldinho Leprechaun (duende irlandês). “Essa minha paixão levou aos jogos do Galo crianças, mulheres e até idosos. “Tenho muito orgulho de ter criado uma nova categoria no marketing e começado um movimento para afastar os vândalos e levar alegria aos estádios.”
PÂNICO
Ricardo conta que o fato mais marcante de toda essa trajetória começou no início de março, inspirado num bordão que a torcida do Galo vem entoando: “Caiu no Horto, tá morto!”. Jura ter sido o pioneiro entre os atleticanos. “Fui fantasiado de Pânico uma vez apenas, mas a partir daquele dia começaram a surgir muitos outros. Uma mobilização nas redes sociais, que antecedeu o jogo do Atlético e Tijuana, em 30 de maio, levou grande parte da torcida a ir ao Independência com a máscara do Pânico.”
E foi depois da iminente desclassificação do Galo, com um pênalti aos 46min do segundo tempo, defendido pelo goleiro Victor, que surgiu o “São Victor – O santo das defesas impossíveis”. “E como todo santo milagreiro precisa ter um ‘santinho’, a partir do jogo Atlético e Náutico passei a distribuir santinhos aos torcedores. Também já entreguei ao Victor, que lê a oração antes dos jogos.”
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