Gol fora vale dobrado
Desafio do Atlético é exibir longe de casa a mesma capacidade de balançar as redes que tem no Independência, o que lhe assegurou a condição de melhor ataque do Brasileiro
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:09/10/2012 08:22
Mais do que encerrar um jejum de quatro jogos sem vencer no Campeonato Brasileiro, a goleada sobre o Figueirense por 6 a 0, no Independência, ajudou o Atlético a recuperar o poderio ofensivo. São 47 gols na competição nacional, superando o líder, Fluminense, que balançou as redes 45 vezes. A briga pela artilharia da equipe tornou-se acirrada depois que o armador Ronaldinho Gaúcho fez três contra o Figueira e chegou aos sete gols, igualando o atacante Jô. O goleador do Galo é Bernard, com oito.
O camisa 49 ainda marcou um com a camisa do Flamengo, aspecto que o ajuda a se manter vivo na luta pela artilharia da Série A – os líderes são Fred (Fluminense) e Bruno Mineiro (Portuguesa), com 14. Embora tenha sobressaído na condição de matador, Ronaldinho se destaca também pelas assistências que resultaram em gols dos companheiros: 10, sendo quatro para o zagueiro Leonardo Silva, o que mais recebeu lançamentos do maestro alvinegro.
Contra o Internacional, nesta quarta-feira, às 21h50, no Beira-Rio, o desafio é duplo: diminuir a diferença em relação ao Flu e desencantar longe da torcida. O Galo não vence como visitante desde os 4 a 1 sobre o Sport, no Recife, e vem balançando pouco as redes: 16 no campo adversário e 31 no Independência. “Jogar fora de casa no Brasileiro é difícil e fazer gols também é mais complicado. Queremos ser campeões em dezembro e precisamos ter o melhor desempenho fora. Temos um ataque positivo e um bom saldo, e pode ser favorável à frente”, avalia Jô, que passou em branco diante dos catarinenses.
Dos 47 gols do Galo, 12 foram de cabeça, número inferior aos da Portuguesa (17) e do Fluminense (15). E, nos treinos, Cuca tem dado ênfase às jogadas pelo alto, a fim de quebrar a estabilidade das defesas adversárias quando a marcação for dura, como pode ocorrer diante do Colorado. Com o retorno de Leonardo Silva, que não enfrentou o Figueirense por cumprir suspensão automática, a tática pode se tornar forte aliada, embora seu companheiro, Réver, outro que se destaca pelo alto, não jogue, pois está com pubalgia.
ESPAÇO Convocado para a Seleção Brasileira para os jogos contra Iraque e Japão, o goleiro Victor cede espaço para Giovanni, mudança confirmada desde sexta-feira por Cuca. E o reserva, curiosamente, voltará à capital gaúcha, onde jogou pela última vez com a camisa alvinegra: foi na vitória sobre o Grêmio por 1 a 0, no Olímpico, em 1º de julho. “Quero treinar bem e fazer bom papel nesses três jogos como titular (Inter, Sport e Santos). Fico feliz pela confiança do treinador e creio que estou no ritmo dos companheiros. Portanto, não há problema com relação ao longo tempo sem jogar”, afirma Giovanni, que levou três gols em sete jogos no Brasileiro.
Os volantes Pierre e Leandro Donizete correram nessa segunda-feira à tarde em volta do gramado, mas não foram liberados pelo departamento médico. Hoje devem continuar o tratamento das lesões musculares e podem reforçar o Atlético diante do Sport, domingo, no Horto. O grupo viajou à noite para Porto Alegre.
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