
Presidente do Atlético não aceita a postura do time na goleada para o Cruzeiro
Rodrigo Fonseca - Superesportes
Publicação:05/12/2011 16:54
Atualização:05/12/2011 18:33
Cancelada após a humilhante goleada sofrida pelo Atlético para o arquirrival Cruzeiro, por 6 a 1, na rodada final do Campeonato Brasileiro, a premiação dos jogadores, no valor de R$ 1 milhão, por terem evitado o rebaixamento do clube ainda pode ser paga pela diretoria. Irônico, o presidente Alexandre Kalil disse não acertou data com o elenco para o pagamento. Um “clamor” do torcedor também pode fazer com que o “bicho” seja depositado.
“O bicho foi dado, só que não foi dada a data. Pode ser numa hora que a torcida faça um clamor para pagar o bicho, que eles mereçam, ou pode ser em 2052”, disse.
Além disso, segundo Kalil, se algum jogador achar que merece a premiação que vá à imprensa e peça:
“Se algum jogador achar que merece o prêmio, vá na imprensa e diga: ‘eu mereço o prêmio’ e vem aqui no caixa e busca. Temos que dividir responsabilidade. A derrota é minha, mas a goleada não é minha. No meu sangue, aquele jogo não acaba. Aquele time andando em campo, jogando contra onze leões, com jogador do Cruzeiro pedindo desculpa ao final do jogo, magoa, dói no coração profundamente”, disse. “É só ir para a televisão e falar que merece, falar: ‘eu tomei de seis, mas lutei igual um desesperado’. Passa aqui e recebe”, acrescentar.
O dirigente não se mostrou preocupado em perder a confiança dos jogadores que permanecerem no clube: “Não precisam acreditar (na palavra de Alexandre Kalil). Acreditaram tanto e foram lá e tomaram de seis. Eu cumpri a palavra com eles durante três anos, sem faltar uma vírgula, e eles tomaram de seis. Qual a importância de acreditarem na minha palavra? Você acha que eu estou preocupado com jogador acreditar na minha palavra? Eu tive preocupado até domingo”, disse. “Eles sabem o que fizeram conosco. Sabem que meteram a faca no nosso coração. Acho que pelos menos têm vergonha na cara.”
A falta de atitude do time em campo frente ao Cruzeiro, que, se fosse derrotado seria rebaixado à Série B, não é engolida por Kalil. “Eu disse para o time do Atlético que estaríamos jogando o jogo mais importante da nossa vida”, disse. “Pisaram na nossa alma. Não entraram com a vontade que eu estava. Com a vontade que eu estava, se eu tomo a cotovelada na boca, é 15 minutos de porrada. Isso não é apologia à violência. Isso é o espírito.”
De acordo com Kalil, sua postura muda de agora em diante: “Ninguém mais pisa na gente. Aqui, bateu, levou. Aqui, não vai todo mundo de bolso cheio para as férias, rindo com a mulher, com a namorada, com a amante. Acabou. Bateu na nossa cara, no nosso coração, vai ter preço mensurável. O paizinho acabou, serão três anos de padrasto.”
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