
Toninho Cerezo avalia campanha dos times mineiros
na Série A (Foto: Reprodução TV Globo Minas)
Para o ex-atleta, que jogou pelos três times, Coelho sofre com falta de recursos, alguns reforços do Galo não deram certo e Cruzeiro teve caída
Por GLOBOESPORTE.COM
Belo Horizonte
Com 24 rodadas já disputadas, o Campeonato Brasileiro não tem nenhuma equipe mineira lutando pelas primeiras colocações. Pelo contrário, o assunto no América-MG, no Atlético-MG e no Cruzeiro é um só: a zona de rebaixamento. Momento ruim que é lamentado pelo técnico (sem clube) Toninho Cerezo, que já jogou nos três. Dica para que os times saiam da situação em que se encontram, mas ele avalia o que levou, um a um, Coelho, Galo e Raposa a ocupar a tabela do meio para baixo.
Reconhecido ídolo atleticano, Cerezo tem sido visto na Arena do Jacaré assistindo a jogos do Galo. Mas também não deixa de acompanhar os outros dois. Respaldo que o deixa tranquilo para comentar a situação dos três mineiros. Para ele, o América-MG sofre com a falta de recursos. O Atlético-MG, avalia, não teve sorte com algumas contratações. E o Cruzeiro, segundo Cerezo, 'teve caída assustadora'.
- Sem dúvida nenhuma, as três equipes vivem um momento muito ruim no campeonato - ressalta o ex-jogador. Confira os principais trechos da entrevista dada por Toninho Cerezo que vai ao ar no Globo Esporte MG nesta terça-feira.
Momento ruim
Se tratando de equipes mineiras, assusta sim sim. Atlético-MG e Cruzeiro têm um grande potencial, uma grande ajuda econômica. No caso do América-MG é diferente, a ajuda, a cota que recebe é uma vergonha, se tratando de uma equipe que está disputando a Série A do Brasileiro. Do Atlético e Cruzeiro, não, têm todo o respaldo financeiro.
Galo: reforços não deram certo
Como torcedor do Atlético, e eu tenho mais contato porque tenho ido aos jogos, vejo que o torcedor está triste, por tudo que a diretoria procurou fazer e assumir, coisas não engrena, as contratações que vieram. Até pouco tempo atrás, o presidente assumiu total responsabilidade de tudo. Tivemos troca de treinador, contratação de jogadores. E o time não engrena. Tem alguns jogadores jovens que prometem. Alguns que vieram de experiência e que você esperava que chegariam para jogar. E isso não aconteceu. Alguns com problemas físicos, outros com contusões. Agora, nos últimos jogos, com o time na zona de rebaixamento, acho que está tendo uma corrente forte. Você vê jogadores se empenhando para sair dessa situação. O Atlético tem um plantel de 35 jogadores e acho que chegou momento, agora, de acordar, pois estamos em uma reta final.
Cruzeiro: caída assustadora
Se você pega o Cruzeiro do começo da temporada - alguns consideravam até que era o Barcelona da América do Sul - vê que também deu uma caída assustadora. E a gente fica se perguntando o porque disso: motivação? Acho que os treinadores têm motivação. Esses jogadores têm motivação de jogar futebol, porque ganham bem, estão em grande clube, têm todo conforto, todo um aparato para facilitar que eles possam jogar bem e estar bem fiiscamente. Mas as coisas não engrenaram este ano para os mineiros. E ainda tem alguns jogos.
América: pouquíssimo recurso
Lamento pelo América. Tenho assistido a alguns jogos e vejo que é uma rapaziada jovem. O Givanildo está tentando arrumar a casa. Acho que o América recebe de cota do Campeonato Brasileiro é pouquíssimo para se criar uma grande equipe.
Alguma dica?
Se eu soubesse, tinha falado com o Kalil (rs...). Futebol é muito complexo, tem muita coisa. Agora, é fundamental que você tenha um time que do início da partida até o fim se dedique de corpo e alma, porque vai afunilado, as partidas se tornam difíceis.Os adversários também, pois os que estão na ponta estão procurando melhor colocação; os que estão na intermediária também lutam. Aqueles que estão lá no fundo dependendo do jogo é jogo de seis pontos. Então, é uma luta muito grande, num campeonato muito competitivo. Realmente, você precisa de ter time. E, além disso, ter banco.
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