domingo, 14 de agosto de 2011

Procura-se um time

Com pouco tempo para trabalhar em meio à sequência de jogos a cada três dias, Cuca busca no grupo de 34 jogadores os 11 que possam tirar o Atlético do sufoco
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:12/08/2011 07:00
Apresentado segunda-feira, o técnico Cuca corre contra o tempo para repor o Atlético nos trilhos das vitórias. Se antes da estreia com derrota por 2 a 1 para o Botafogo, na noite de quarta-feira, em Ipatinga, pela Copa Sul-Americana, ele mal teve tempo de falar com os jogadores, mantendo a base que vinha sendo usada por Dorival Júnior, a partir de agora, começa a tirar conclusões para montar a equipe que considera ideal. Para isso, tem à disposição um grupo de 34 jogadores.
Domingo, às 16h, o Galo tentará se reencontrar com a vitória diante do Coritiba, na capital paranaense, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na quarta, recebe o líder, Corinthians, no Ipatingão, e depois enfrentará duas vezes o Botafogo, ambas no Engenhão: uma pelo Nacional e outra decidindo a permanência na competição continental.
“Temos de trabalhar para encontrar o time ideal e torcer para que ele ‘dê liga’ o mais rapidamente possível”, declarou o treinador, alertando para os riscos de encarar o time paranaense, que nas 21 partidas que disputou no Couto Pereira ganhou 18, empatou duas e só perdeu uma, para o Atlético-GO, assim mesmo quando estava abatido pela perda do título da Copa do Brasil para o Vasco. “É um jogo de altíssimo risco, mas é um jogo em que podemos ter a superação e conseguir a vitória e a virada que buscamos. Nós não vamos conseguir mudar uma situação que a gente encontrou em 45 minutos.”
No jogo com o Botafogo ele promoveu mudanças em relação ao time que seu antecessor vinha escalando, inclusive abandonando o 3-5-2 e retornou ao 4-4-2. Com isso, Réver voltou a formar a dupla de zaga com Leonardo Silva (saíram Werley e Lima). Já Guilherme Santos ressurgiu na lateral esquerda, no lugar de Eron, enquanto Toró formou o trio de volantes com Serginho e Richarlyson.
Novas mudanças para os próximos jogos não estão descartadas, mesmo que tenha apenas um treino, hoje, para testá-las – ontem, os jogadores que atuaram contra o Botafogo fizeram treino regenerativo, enquanto os demais participaram de um coletivo. Amanhã, já em Curitiba, não poderá forçar muito, por ser véspera do jogo. “Mesmo em busca do resultado, durante as partidas já começo a pensar no próximo compromisso. Vou vendo coisas e imaginando situações. Já tenho uma ideia do que posso fazer para enfrentarmos o Coritiba”, afirmou.
Um dos pontos que Cuca detectou como falhas na equipe alvinegra é a chegada à área adversária, que está sendo feita com poucos jogadores. “Temos de chegar com mais gente, não apenas com um, dois. Mas isso é coisa que vamos precisar de tempo para trabalhar”, disse.
DEFINIÇÕES Mas não é só no time titular que haverá mudanças. Cuca deixou claro quando chegou que considera o grupo grande, podendo promover dispensas, principalmente se a equipe deixar a Copa Sul-Americana.
Ontem, o Atlético anunciou a saída do preparador de goleiros Barbirotto. A função passa a ser exercida por William de Castro, da equipe júnior.
MEMÓRIA
De seis em seis...
Quando assumiu o Fluminense durante o returno do Brasileiro de 2009, Cuca tinha como desafio praticamente um milagre: salvar o time do iminente rebaixamento. Os primeiros resultados transformaram o desafio em milagre e o técnico decidiu reduzir o grupo de mais de 30 jogadores. “Aí eu resolvi agitar a água, fazer alguma coisa diferente. Afastei seis, entre eles meu capitão (o zagueiro Luiz Alberto), e fiz do Fred o meu líder. As coisas deram certo, conseguimos uma série de vitórias e nos salvamos na última rodada.” No Cruzeiro, ele tentou fazer algo parecido depois da eliminação na Copa Libertadores e pôs seis atletas para treinarem à parte: os zagueiros Fabrício Carioca e Edcarlos, o armador Pedro Ken, os atacantes Farías, André Dias e Reis. O último foi recentemente reintegrado ao grupo

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