Consciente da maneira como joga o Palmeiras e, principalmente, pela situação em que se encontra, Galo não titubeia: vai atuar no Canindé com três na zaga e nos contra-ataques
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:30/07/2011 07:00
Antes prevenir que remediar. Diante de um futebol de pegada como o do Palmeiras, não dá para valorizar tanto o toque de bola como gosta o técnico Dorival Júnior. Por isso e diante das circunstâncias do Atlético no Campeonato Brasileiro, não será surpresa se o alvinegro for escalado esta noite, às 21h, no Canindé, pela 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, com três zagueiros.
Sem o atacante André como titular, o Galo precisa continuar a ascensão na competição e, precavido, o treinador deve confirmar Leonardo Silva ao lado de Werley e Lima, que foram muito bem no triunfo sobre o Fluminense (1 a 0), na última rodada, em Ipatinga, sobrando para o capitão Réver. Ninguém, no entanto, confirma. Dorival Júnior manteve o discurso da cautela, apegando-se no desgaste dos jogadores, em razão da sequência de jogos. “Não tenho como confirmar o time hoje (ontem), em razão da pouca recuperação e das necessidades que temos”, reforçou.
De qualquer forma, Leonardo Silva, que cumpriu suspensão diante do tricolor carioca por causa da expulsão na derrota para o Vasco (2 a 1), está preparado para o novo desafio. “A gente está tranquilo nesse setor. Independentemente de quem jogar, a equipe vai estar bem servida e vai procurar manter o padrão de jogo. O Lima e o Werley foram muito bem. Vamos procurar treinar, evoluir, para quando tiver oportunidade procurar corresponder.”
De volta ao time, o defensor espera por um jogo complicado e sabe que não terá tarefa fácil, pois um dos pontos mais fortes do Verdão é a bola aérea. “Temos de tomar cuidado com o Palmeiras, que é muito forte, principalmente na bola aérea. Tem um dos melhores batedores de falta da competição. Temos de eliminar esse tipo de jogada e jogar com espírito de luta.”
Leonardo Silva lembra que o time paulista está entre os melhores do Brasileiro e briga pela ponta. Mesmo assim, passa por momento turbulento, em crise com a exigente torcida. Psicologicamente, pode ser esse um ponto favorável aos atleticanos. “Temos de fazer com que a torcida do Palmeiras jogue contra o time. Temos de usar todas as armas para vencer”, afirma.
O jogador admite alívio depois do triunfo sobre o Fluminense, mas nem de longe o Galo pode se dar por satisfeito. Até porque, segundo o defensor, falta muito ainda para melhorar. O time tem apresentado irregularidades na competição e precisa corrigir os erros a cada confronto. “A vitória dá um ânimo a mais, mas temos consciência de que temos de melhorar, porque não está nada bom. A gente sempre procura evoluir, crescer nos jogos.”
MOBILIZAÇÃO TOTAL A exemplo de Leonardo Silva, Dorival Júnior se preocupa com o comportamento atleticano diante da torcida rival e espera um Galo com mais personalidade. “Será um jogo bem difícil, complicado. Dentro do Canindé com certeza a torcida deles atua muito e faz a diferença. O Atlético tem de estar preparado para qualquer situação. Teremos um jogo muito difícil e é necessário mais que uma mobilização para ter um bom resultado.”
Para hoje, o treinador não contará com os volantes Toró e Dudu Cearense, suspensos por causa do acúmulo de cartões. Os dois, no entanto, viajaram com o grupo porque de São Paulo o Galo seguirá para Porto Alegre, onde enfrentará o Grêmio, na quarta-feira. As novidades na relação são o goleiro Lee, convocado no lugar de Renan Ribeiro, e o lateral-esquerdo Eron. O defensor foi liberado para resolver problemas particulares em Ribeirão Preto. Já o lateral deve ser titular no lugar de Guilherme Santos, que teve desempenho ruim na partida anterior. Wesley, improvisado no setor no segundo tempo do jogo com o Flu, afirmou ao técnico que não se sente confortável na posição.
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