sábado, 14 de maio de 2011

Maestro alvinegro

Com bom futebol, ascendência sobre os companheiros e maior importância a cada dia no grupo de Dorival Júnior, Mancini prega humildade e avisa: Nada está decidido ainda
Ludymilla Sá - Estado de Minas
Publicação:10/05/2011 07:00
Fundamental na vitória por 2 a 1 sobre o arquirrival, Cruzeiro, domingo, na abertura da decisão do Campeonato Mineiro, na Arena do Jacaré, que deixou o Atlético a um empate do bicampeonato, Mancini consolida a cada dia a conquista da confiança do técnico Dorival Júnior. Quem sabe não é o líder positivo que faltava à equipe depois da turbulência do período Ricardinho? Formado na base do Galo, ele inicia novo momento no clube, depois de nove anos no futebol italiano. De forma até melhor do que na primeira vez, quando, como lateral-direito, foi bicampeão estadual em 1999 e 2000, mas não era destaque no grupo.
Apesar das raízes alvinegras e do longo período dedicado ao time, Alessandro Faiolhe Amantino, de 30 anos, jamais fizera gol diante da Raposa, até o quarto minuto do jogo de dois dias atrás, em cobrança de falta – lance comemorado euforicamente. Mas, experiente, o jogador mantém o discurso cauteloso. “Graças a Deus, como atleticano, tive essa felicidade de marcar no clássico. É muito bom. Mas é preciso manter os pés no chão e conservar a humildade, para que possamos concretizar o título no domingo que vem. Não há nada garantido. O Cruzeiro tem um grande time. Por isso, acho que a nossa vitória nos valoriza cada vez mais.”
Para chegar a este ponto, no entanto, ele confessa que foram quatro difíceis meses de readaptação ao futebol brasileiro, sobretudo aos treinamentos. “Aqui se treina mais do que na Europa. Isso é mais complicado. Os campos também são bem diferentes. A grama é mais alta e seca. Lá, é baixa e bem molhada, fazendo com que a bola corra mais.”
Mancini espera dos companheiros na finalíssima, outra vez em Sete Lagoas, mas somente com torcida celeste, a mesma dedicação mostrada diante da massa. “O Atlético está numa fase crescente. Mostrou atitude e empenho. Tem de continuar jogando com essa humildade e união. Se assim for, o adversário terá de jogar muito. Venderemos uma derrota muito caro.”
Acusado por jogadores rivais de provocá-los, dizendo que o título já era do Atlético, o atacante garante que jamais faria isso. “É lamentável. Isso não faz parte de mim. Não seria tão imbecil de dizer uma coisa dessas. Nem se tivéssemos ganhado por 5 a 0. São coisas que criam e a gente entende. É do calor do jogo.”
RETOMADA O técnico Dorival Júnior inicia hoje, em dois períodos, os preparativos para o segundo jogo. Ele não terá o atacante Neto Berola, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Já o armador Renan Oliveira está à disposição, depois de cumprir suspensão.
O volante Richarlyson será julgado hoje pela primeira comissão disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD), devido à expulsão na segunda partida semifinal contra o América. Incurso no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) – assumir conduta contrária à disciplina ou ética desportiva –, pode ser punido por até cinco partidas, perdendo a finalíssima do Mineiro e as quatro primeiras do Brasileiro

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