
Time que foi campeão brasileiro em 1971

Dadá Maravilha cabeceia para fazer o gol que confirmou o Atlético como o primeiro campão
Atlético pode perder o posto de primeiro campeão brasileiro, caso CBF unifique a competição com a Taça Brasil e com o Roberto Gomes Pedrosa. Atleticanos são contra
Victor Martins - Superesportes
Publicação:19/12/2010 17:34
Atualização:19/12/2010 19:20
Neste domingo, 19 de dezembro, o Atlético comemora 39 anos da conquista do Campeonato Brasileiro. O aniversário pode ser o último como o primeiro campeão da competição, já que a Confederação Brasileira de Futebol, a CBF, está perto de unificar as conquistas da Taça Brasil e Torneio Roberto Gomes Pedrosa ao Brasileirão. Assim, o Galo perderia o posto de primeiro campeão brasileiro para o Bahia, vencedor da Taça Brasil de 1959.
A conquista do Atlético foi na tarde de 19 de dezembro, no Maracanã. O Galo venceu o Botafogo por 1 a 0, e foi o vencedor do triangular final disputado com São Paulo e o alvinegro carioca. No Mineirão, a vitória sobre o tricolor paulista também foi por 1 a 0. Autor do gol do título, Dadá Maravilha resume em uma frase o que foi aquele momento para ele e para uma nação de apaixonados.
“Foi o gol mais importante da minha vida e é o gol mais importante da história do Atlético.”
Mas as boas recordações pelo título dão lugar ao protesto. Se entres os ex-jogadores de Santos, Bahia, Cruzeiro, Palmeiras, Fluminense e Botafogo tem muita festa, entre os ex-jogadores do Atlético 1971 o clima é de revolta. Maior símbolo da conquista alvinegra, o atacante Dadá Maravilha serve de porta-voz.
“Isso me deixou p da vida, revoltado. É uma falta de respeito. A gente dá um duro danado para fazer o gol e um cara, com uma caneta, tira todo o mérito da gente. Sinceramente, não sou tão feliz como eu era, estou muito revoltado com esta palhaçada, um desrespeito”.
Ainda na esperança de não ver os títulos unificados, Dadá Maravilha dispara contra Ricardo Teixeira, o presidente da CBF, e até contra o Cruzeiro. Para ele, os demais clubes brasileiros deviam se unir para evitar que a história do Campeonato Brasileiro seja alterada. Mas o que mais deixa Dadá Maravilha assustado, é o fato de Teixeira ser mineiro.
“É uma vergonha, ele é mineiro e está fazendo o jogo dos cariocas e dos paulistas”.
Questionado sobre o tamanho da importância do título brasileiro de 1971, por enquanto o primeiro Brasileirão, Dadá Maravilha não pensou duas vezes para responder. Ele colocou a conquista com a camisa do Galo acima do título da Copa do Mundo.
“Nós éramos os primeiros campeões brasileiros, tanto que tenho mais orgulho de ser o primeiro campeão brasileiro do que ser campeão mundial. Aquela Seleção do Brasil era uma máquina, era favorita, a maior Seleção de todos os tempos. Agora o Atlético era diferente, ninguém acreditava. Eu comecei a dizer que o Atlético seria campeão, mas a imprensa passou a me chamar de louco, de cego”.
Por uma nova estrela amarela
A estrela amarela de campeão em 1971 permanece sozinha na camisa atleticana. Por alguns anos ela teve a companhia de duas estrelas vermelhas, referente as duas conquistas na Copa Conmebol, em 1992 e 1997. Mas em 99 a estrela amarela voltou a ficar solitária. A busca pelo segundo título brasileiro virou obsessão do Atlético desde que o presidente Alexandre Kalil assumiu a presidência do clube.
No primeiro campeonato com o time montado por ele e treinador por Celso Roth, em 200, o Galo chegou a ser líder da competição e esteve sempre na parte de cima da classificação. Reforços chegaram para o segundo turno da competição, mas o time caiu de rendimento e nem sequer foi para Copa Libertadores.
Já em 2010 a aposta foi mais alta. Kalil trouxe Vanderlei Luxemburgo, manteve Diego Tardelli e trouxe grandes jogadores, como Réver, Diego Souza e Obina. Mas o título não veio. Pior, o Galo brigou na parte de baixo da tabela. Agora, o Atlético acredita na manutenção de uma base e no trabalho de Dorival Júnior para quebrar o maior tabu do Campeonato Brasileiro.
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