
Ajiaco, prato típico da culinária colombiana
(Foto: Marco Antônio Astoni / Globoesporte.com)
Restrições alimentares impedem atletas de conhecer o Ajiaco e o arroz atolado
Por Marco Antônio Astoni
Bogotá, Colômbia
A Colômbia tem uma cultura nacional muito rica. Prova disso é que um escritor colombiano já conseguiu um Prêmio Nobel, façanha ainda não obtida por nenhum brasileiro. Gabriel García Marquez, autor do clássico ‘Cem anos de solidão’, livro com mais de 30 milhões de cópias impressas, levou o Nobel de Literatura de 1982. O país também se destaca na música. Para se ter uma ideia da influência que tem no mercado latino, na cerimônia de abertura da Copa do Mundo da África do Sul, duas das principais atrações do evento vieram da Colômbia: o cantor Juanes e a musa Shakira. Nossos vizinhos do norte também têm tradição no artesanato e na pintura, muito em parte por causa da arte pré-colombiana.
Mas um dos aspectos que mais chama a atenção de quem visita a Colômbia é a gastronomia. Por ter áreas litorâneas, de montanha (o país é cortado pela Cordilheira dos Andes) e de floresta, há uma grande diversidade de pratos.
Um dos mais famosos e tradicionais é o Ajiaco, típico da região da capital Bogotá. O Ajiaco é uma sopa de frango com batatas, e leva em sua receita milho verde, abacate e ervas. Como acompanhamento, arroz branco, creme de leite fresco e alcaparras. Outros pratos despertam o apetite do visitante, como o arroz atolado, que é um risoto molhado com frango, linguiça e muitos condimentos. Várias ervas e temperos diferentes são usados nas diversas regiões do país.
Os jogadores do Atlético-MG, porém, não poderão deixar a rotina alimentar e provar a riqueza da culinária colombiana. Os atletas, que já estão no país para o confronto com o Santa Fé, pela Copa Sul-Americana, têm que seguir um rigoroso cardápio para evitar problemas em território estrangeiro, como explicou o médico Otaviano Oliveira, que acompanha a delegação do Galo em Bogotá.
- O cardápio segue um padrão internacional. Nossa nutricionista (Patrícia Teixeira, que está em Belo Horizonte) entra em contato com o hotel onde vamos ficar. Os jogadores não têm a liberdade de provar nada diferente. Seguem à risca a mesma rotina.
Mas quem pensa que a proibição incomoda os boleiros, está enganado. Para Neto Berola, o melhor mesmo é jogar bola. O atacante elogiou o país, mas disse não fazer questão de conhecer sua gastronomia.
- Eu não gosto muito de provar coisas diferentes. Sou mais de um feijãozinho com arroz mesmo. Então, para mim, está tranquilo. Eu não conhecia a Colômbia e estou achando Bogotá uma cidade muito bonita. Ruim mesmo foi só essa viagem de cinco horas e meia.
O jovem goleiro Renan Ribeiro, destaque do Galo nas últimas partidas, fez coro com Neto Berola.
- Também não ligo muito para isso. A Patrícia passou a alimentação correta, tanto que hoje a gente comeu arroz, feijão e frango, e a adaptação foi a melhor possível. É minha primeira vez na Colômbia, ainda não tive muito tempo de conhecer o país, mas achei um clima bom e agradável.
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