segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Sonho e pesadelo em 90 minutos

Galo vira em cima do São Paulo, sai temporariamente da zona de rebaixamento, mas volta à dura realidade. Permite aos paulistas retomar a vantagem e acaba derrotado por 3 a 2

Ludymilla Sá - Estado de Minas

Publicação:06/09/2010 07:00


Ipatinga – A massa compareceu na despedida do Atlético do Ipatingão, mas o alvinegro, que dependia das próprias forças para sair da zona de rebaixamento, não fez a sua parte. Até começou bem a partida contra o São Paulo, dominou as ações na primeira parte do confronto. Outra vez, porém, falhou quando não podia e perdeu, por 3 a 2, de virada. Com o resultado, terminou o turno na área da degola. E terá, agora, uma partida difícil na estreia do returno, contra o Vasco, na quinta-feira, em São Januário.
Além disso, o time segue sem vencer duas partidas seguidas no Campeonato Brasileiro. A última vez em que ganhou dois jogos subsequentes foi em outubro do ano passado. Na ocasião, derrotou justamente o tricolor paulista e o Vitória, ambos por 1 a 0.
Se não foi um primor técnico, pelo menos o Galo foi guerreiro. Jogou contra o time paulista como há muito não se via, com espírito de equipe. Tanto que não se abateu com o gol sofrido logo no começo do primeiro tempo, depois de perder uma chance preciosa com Neto Berola. Lançado pelo zagueiro Réver, o atacante, sozinho, chutou sobre a zaga e a bola desviou para a linha de fundo.
O tricolor, que apostava nos contra-ataques, conseguiu a jogada que precisava para abrir o placar. O atacante Dagoberto arriscou um chute de fora da área, a bola bateu no gramado, obrigando o goleiro Fábio Costa a desviar pela linha de fundo. Richarlyson cobrou escanteio com precisão e o defensor atleticano rebateu nos pés de Casemiro, que não desperdiçou.
Aguerrido, o Atlético não se abateu. Lutou com bravura e conseguiu dois pênaltis. Primeiro, com Obina. O atacante foi derrubado por Miranda, na área, quando Ricardinho cobrava falta em sua direção. O atacante converteu sem inventar, chutando forte. Depois, Serginho sofreu falta de Casemiro depois de mandar uma bola debaixo das pernas de Júnior César. Obina, outra vez, cobrou seco, rasteiro, no canto direito de Rogério Ceni.
Os paulistas, que aproveitavam os erros dos atleticanos para armar seus principais contra-ataques, tiveram a chance de empatar. Foi quando Fábio Costa, que havia falhado anteriormente, fez valer toda a sua experiência. Marcelinho fez grande jogada, infiltrou-se na área com liberdade e bateu na saída do goleiro, que defendeu no reflexo.
COCHILO Completamente diferente no segundo tempo, o alvinegro não conseguiu encaixar os contragolpes diante da força defensiva do time paulista. Acabou tomando o gol de empate, numa cochilada da defesa, que parou no lance, pedindo impedimento. Marcelinho aproveitou o cruzamento e mandou, de carrinho, para o fundo das redes. Depois, num erro do volante Rafael Jataí, que ajeitou a bola para Fernandão dentro da área, o São Paulo virou o placar.
Desordenadamente, o Galo tentava o empate, mas esbarrava na bem postada defesa tricolor. Já não tinha mais o ímpeto de antes e, em desvantagem na partida, desesperou-se. Arriscava chutes de longe, sem sucesso. Foi assim com Edison Méndez e, depois, com Réver. Os dois chutaram por cima do gol. Rogério Ceni ainda, no reflexo, defendeu com o pé um chute de Serginho, numa das últimas chances claras do Galo no fim da partida.

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