Obina consegue o gol da vitória do Galo sobre o Prudente no fim da partida, aliviando a galera que quase lotou a Arena do Jacaré, mas time ainda fica devendo melhor atuação
Estado de Minas
Publicação:13/09/2010 07:00
Mudam-se alguns atores, o cenário e até ideias sobre o enredo. Mas, no fim, o filme é o mesmo. O Atlético venceu ontem o Prudente, por 1 a 0, na Arena do Jacaré, pela 21ª rodada do Campeonato Brasileiro. Foram três pontos importantíssimos para uma equipe que luta desesperadamente para afugentar o fantasma do rebaixamento. Mas foi com muito sofrimento para a torcida, que só conseguiu se tranquilizar aos 43min do segundo tempo, quando Obina recebeu de Ricardinho e, de dentro da área, fulminou o goleiro Giovanni.
Alívio geral pelo resultado, que abre novas esperanças para a torcida, que nem de longe pensa em viver novamente a humilhação de ser levada à Segunda Divisão do futebol brasileiro. Alívio para Vanderlei Luxemburgo, que já ouvia das arquibancadas um coro, ainda não em uníssono, de “Adeus, Luxa, adeus, Luxa” e que agora terá menos pressão para enfrentar os próximos compromissos. Alívio para a diretoria presente ao estádio, que também ganha uns dias a mais de paz para administrar a situação.
Mas, numa análise fria, apesar da importante e emocionante vitória, não dá ainda para ninguém ficar despreocupado. O futebol atleticano continua deixando muito a desejar. Pode-se até argumentar que o time ontem dominou a partida, que criou situações de gol e que quase nunca foi ameaçado pelo adversário. Verdade, mas também, contra isso, é preciso ressaltar que a equipe continua sem padrão de jogo, sem mostrar jogadas ensaiadas e conseguindo seus triunfos a duras penas. E jogou contra um dos últimos colocados. Para quem não pode pensar em perder pontos pelo menos nas partidas em casa, fica a grande apreensão: o que a torcida deve esperar, mesmo em seus domínios, quando o Galo tiver pela frente adversários de maior gabarito.
A falta de equilíbrio da equipe na hora de decidir é flagrante. Mesmo quando cria oportunidades, falha nos detalhes, como um simples passe de três metros ou um cruzamento que poderia ser perigoso, irritando o sofrido torcedor. Parece que os jogadores, diante da situação, andam tensos, com medo de errar e sem confiança no futebol que têm e que são muito bem pagos para apresentar. A falta de preparo físico e de ritmo de jogo de alguns jogadores pode ser responsabilizada por muito do fracasso, até então, do Atlético. Nomes consagrados e que eram grande esperança de vitórias para a torcida, como Diego Souza, Daniel Carvalho e Edison Méndez, mostram-se visivelmente fora de forma. Outros, como Obina, que se recuperou recentemente de contusão, têm mostrado mais utilidade, mas também estão longe do melhor de sua preparação. Ou seja, são muitos jogadores mal preparados para enfrentar uma competição tão difícil como o Brasileiro. Para quem iniciou o campeonato falando em título, fugir da zona de rebaixamento já é, agora, um grande lucro. Mas até para isso será preciso melhorar bastante.
O JOGO O Atlético lutou e buscou a vitória a qualquer preço. Os erros de passe e a falta de acerto nos cruzamentos eram compensados pela vibração de alguns jogadores, especialmente do novo xodó, Obina.
Como o dono do jogo restaria, portanto, a ele definir a partida no segundo tempo, quando ninguém esperava mais nada. Ricardinho passou para Obina, já dentro da área, dominar no peito e arrematar sem chances de defesa para Giovanni.
Ao fim da partida, o técnico Vanderlei Luxemburgo confirmou a contratação do volante Alê, do Santo André, que, segundo o treinador, faz exames hoje e, se aprovado, já entra em campo na quarta-feira, contra o Atlético-PR.
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