segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Atlético-MG e Cruzeiro tentam 'driblar' Mineirão fechado 05/09/2010 - 07h03


Jogadores de Atlético e Ceará disputam a bola no Mineirão, em junho, em jogo que 'fechou' estádio
Bernardo Lacerda e Gustavo Andrade
Em Belo Horizonte

Sem o Mineirão, que só será reaberto para a Copa das Confederações, em 2013, Atlético-MG e Cruzeiro tornaram-se clubes ‘sem estádio’, que tentam encontrar uma nova casa durante o atual Brasileirão. O time celeste tem se dado bem no Parque do Sabiá, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, enquanto a equipe atleticana se despede, neste domingo, do Ipatingão, contra o São Paulo, voltando definitivamente para a Arena do Jacaré, em Sete Lagoas.
“O Mineirão faz falta, mas já está fechado, não adianta ficar aqui lamentando o acontecido. O que temos de fazer é definir a nossa casa, que vai ser agora Sete Lagoas, perdendo ou ganhando. Temos de nos sentir em casa realmente, ter a torcida ao nosso lado, fazer o caldeirão a nosso favor”, comentou Vanderlei Luxemburgo, técnico do Atlético-MG,
Para o presidente Alexandre Kalil, não há dúvida que há um “prejuízo técnico e financeiro muito grande” com a impossibilidade de jogar no Mineirão. “O Atlético está tentando recompor por volta de R$ 5 milhões, R$ 6 milhões de prejuízo, é um valor alto e que o Atlético não pode ficar com este prejuízo para ele, alguém vai ter de pagar tudo isso”, salientou o dirigente.
Para o goleiro Fábio Costa, qualquer time sente não ter uma casa fixa e ter de jogar fora da sua cidade. “Acho que muito da nossa dificuldade em alguns jogos foi não ter o Mineirão. O Atlético é acostumado a jogar no Mineirão é a sua casa, mas agora tem de saber jogar sem ele”, afirmou o camisa 13 alvinegro.
O diretor de futebol do Cruzeiro, Dimas Fonseca, também reconhece o prejuízo, embora observa que o clube celeste conseguiu minimizá-lo ao encontrar uma alternativa tão boa como Uberlândia. “O público depende daquilo que você está fazendo no campeonato. Não vejo prejuízo econômico tão grande. Em Uberlândia, conseguimos bons públicos”, comentou. “O Cruzeiro encontrou boa alternativa em Uberlândia em bom momento, a cidade abraçou nosso projeto”, acrescentou o dirigente cruzeirense.
O atacante Wellington Paulista lamenta o fato de não poder jogar no Mineirão. “O pior para gente é ter que viajar sempre. A gente nunca joga em casa. Viaja para jogar em Ipatinga, viaja para jogar em Uberlândia, viaja para jogar em São Paulo e no Rio de Janeiro. A gente acaba não jogando em casa e isso fica cansativo para gente”, disse. “O bom que estamos conseguindo algumas vitórias. Está de bom tamanho Uberlândia, agora temos que dar sequência boa”, complementou.

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