sábado, 21 de agosto de 2010

Setor defensivo do Atlético-MG sofre atrás e não ajuda o ataque 21/08/2010 - 07h14


Meia Diego Souza crê que ajuda dos zagueiros será bem-vinda
Bernardo Lacerda e Gustavo Andrade
Em Vespasiano (MG)

Além de possuir a defesa mais vazada do Campeonato Brasileiro, ao lado do xará Atlético-PR, com 26 gols sofridos em 14 rodadas, o Atlético-MG não tem contato com a ajuda do sistema defensivo no ataque. Nenhum jogador de trás marcou gol na atual competição nacional.
Dos 17 gols marcados até agora pelo Atlético no Brasileirão, todos foram assinalados por jogadores que atuam do meio para frente. Nenhum zagueiro, lateral ou volante conseguiu chegar às redes adversárias na competição nacional.
O artilheiro atleticano no Brasileiro é o atacante Diego Tardelli, que marcou seis gols. Em seguida vem Ricardinho e Muriqui, que já não está mais no clube, com quatro gols cada um. Outros três foram marcados por Obina, Diego Souza e Ricardo Bueno.
Para Tardelli, a defesa alvinegra precisa se preocupar primeiro em não sofrer gols. “A nossa defesa hoje está mais preocupada em não levar gols, foi criticada por sofrer gols. Agora a preocupação é esta e não marcar”, disse o atacante.
O meia Diego Souza considera normal que atletas do meio para frente se responsabilizem pelo gols e a defesa em evitá-los. “A obrigação é nossa mesmo. Volantes, zagueiros dão suporte para que a gente tenha liberdade para fazer gols”, disse.
Porém, o armador destaca que a bola parada pode ser mais utilizada pelo sistema defensivo para ajudar o ataque. “Claro que é importante numa jogada de bola parada ter um zagueiro para fazer gols, porque isso também decide jogo. A gente tem treinado e espero que, para as próximas partidas, isso possa mudar”, destacou Diego Souza.
E a bola parada, tanto ofensiva quanto defensiva, tem sido uma preocupação do técnico Vanderlei Luxemburgo nos treinamentos realizados na Cidade do Galo, em Vespasiano. O treinador exige constantemente jogadas ensaiadas pelo alto.
Com 1,92m de altura, o recém-contratado Réver é esperança na bola aérea atleticana. “Minha estatura facilita bastante. Na minha última temporada pelo Grêmio fiz muitos gols, espero fazer muito mais pelo Atlético, porque em futebol a gente é mais lembrado pelos gols do que pelo que a gente evita. Claro que primeiro tenho que impedir gols, mas se for possível vou tentar fazer também”, observou.
O lateral-direito Rafael Cruz, que fez a sua estreia na vitória sobre o Guarani por 3 a 1, no final de semana passado, reconheceu que marcar gols não é o seu forte ao longo da carreira.
“Na minha carreira, não tenho muitos gols. Assistências, tenho bastante. Claro que nos treinamentos a gente vem aprimorando as finalizações. Caso aconteça alguma situação perto do gol, vou procurar marcar. Se tiver algum companheiro em posicionamento melhor, a gente sabe que tem de servir, mas, de vez em quando, fazer uns golzinho é muito bom”, ressaltou.

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