Peixe elimina o Galo da Copa do Brasil, e treinador 'elimina' o Peixe de sua carreira
Rodrigo Fonseca - Portal Uai
Publicação:
06/05/2010 01:52
Após a eliminação do Atlético da Copa do Brasil, Vanderlei Luxemburgo não deu entrevistas. Apenas fez apenas um pronunciamento, em tom de desabafo. Não reclamou do resultado do jogo, que considerou justo, mas voltou a reclamar das provocações feitas, antes da partida, por parte dos jogadores santistas e do comportamento dos torcedores do Peixe. Diante disso, anunciou: não volta a trabalhar no Santos.“Com a idade que tenho, você independe de resultado de jogo para tomar algumas decisões. No futebol, a ingratidão é constante. Para mim, hoje foi o momento mais triste e ingrato que já tive no futebol. Eu só volto à Vila Belmiro e ao Santos como adversário. A minha história no Santos terminou hoje. Aqui eu não volto, para trabalhar, nunca mais”, disse. “O que eu passei aqui hoje, para um clube que eu me doei para construir uma coisa bonita, ser achincalhado, a pessoa cuspir, você não poder trabalhar, é duro”.Além da torcida, o outro alvo de Luxemburgo foi Robinho. O atacante puxou o coro nas provocações ao treinador: “Ô Vanderlei, pode esperar, a sua hora vai chegar”, gritaram os jogadores do Peixe após a conquista do Paulistão, domingo passado.Bastante magoado, Luxemburgo revelou que sofreu ameaça de morte para defender Robinho, quando treinava o atacante no Santos. “Eu enfrentei doze armas na minha cara, porque o Robinho estava sendo incomodado por um bandido, e eu pedi que ele não atendesse mais o camarada. Esse cara foi atrás de mim”, disse. “Na época do sequestro de sua mãe, eu estava do lado do Robinho, preparando a volta dele, articulando e negociando”, acrescentou.Ainda sobre as provocações, o treinador disse: “Todo mundo achou legal, mas os que ficam de terno e gravata não vêm ao campo para serem hostilizados, cuspidos, como eu fui”, disse. “O Santos é muito maior que o Luxemburgo. O Santos é o time do Pelé, mas eu tenho o direito de não trabalhar aqui mais”.
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