Paulo Galvão - Estado de Minas
Ipatinga – Em mais um clássico bastante movimentado, a exemplo do que haviam feito no domingo, quando empataram por 3 a 3, no Mineirão, Atlético e América ficaram no 2 a 2, ontem à noite, no Ipatingão, resultado que classificou o alvinegro, dono de melhor campanha na primeira fase, para as semifinais do Campeonato Mineiro. Vai enfrentar o vencedor de Democrata-GV e Villa Nova, que jogam hoje, às 19h30, em Governador Valadares. Como em quase todas as partidas envolvendo os tradicionais rivais, não faltou polêmica. Os americanos reclamaram bastante do árbitro Renato Cardoso Conceição, principalmente pelos critérios que resultaram na expulsão do zagueiro Preto, aos 35min do primeiro tempo, e que não foram usados em situações semelhantes envolvendo atleticanos. “Os jogadores colaboraram com a arbitragem, mas a arbitragem não colaborou com os jogadores”, disse o técnico Mauro Fernandes, para quem “é muito difícil jogar quase 60 minutos com um a menos, ainda mais diante de um time qualificado como o Atlético”. Os dirigentes alviverdes foram além e viram mais que falha técnica. Para eles, que chegaram a ir à porta do vestiário dos árbitros para tirar satisfações, houve má-fé e é preciso que a Federação Mineira de Futebol (FMF) tome providências. Já na primeira partida, a atuação do árbitro Joel Tolentino havia merecido críticas pesadas dos americanos. Pelo lado atleticano, obviamente, houve comemoração. Afinal, mesmo com dificuldades, a equipe continua na luta pelo título mineiro, um de seus objetivos no momento – o outro é o da Copa do Brasil, no qual encara o Sport, quarta-feira, no Mineirão, no jogo de ida das oitavas de final. “Quem perde reclama da arbitragem, enquanto quem ganha, até pela euforia, costuma não pensar nisso. É normal. O importante é que nosso time lutou, fez os gols, sofreu o empate, que acabou sendo justo e nos classificou”, afirmou o goleiro Aranha. DISPUTA ACIRRADA A disputa começou antes mesmo de a bola rolar: nenhum dos rivais quis assinar a súmula primeiro, para não dar pistas sobre sua formação ao adversário. Quando entraram em campo, Vanderlei Luxemburgo surpreendeu, mandando o Galo com três zagueiros, mesmo esquema já usado pelo Coelho. Mais acostumados ao sistema, os alviverdes se mostraram à vontade e acertaram a trave aos 18min, com Danilo, depois de cobrança de falta frontal. Já os alvinegros, mesmo tendo a vantagem, não se limitaram a ficar atrás, buscando o gol sempre. Com Cáceres reclamando de contusão muscular, Luxemburgo resolveu pôr o lateral Leandro, voltando ao tradicional 4-4-2. As coisas ficaram mais fáceis para o Galo dois minutos mais tarde, quando Preto fez falta em Coelho e recebeu o segundo cartão amarelo, sendo expulso. Mas os americanos continuaram mais incisivos. O Atlético voltou para a etapa final mais ligado e abriu o marcador logo aos 5min, com Zé Luís aproveitando escanteio da direita. Mesmo sem jogar bem, acabou fazendo o segundo aos 22min, com Carlos Alberto. O América não se entregou e diminuiu seis minutos mais tarde, em chute de Joãozinho, que desviou em Werley e enganou Aranha. Já nos acréscimos, depois de o Galo desperdiçar bons contra-ataques, Danilo conseguiu empatar, mas já era tarde para os americanos.
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