Paulo Galvão - Estado de Minas
Galo pega o Democrata-GV, hoje, no Mineirão, sentindo os efeitos da partida contra o América-TO. Fica sem Diego Tardelli e Correa
Depois de 14 dias e de ter atravessado não só Minas Gerais, mas o país para compromissos pelo Campeonato Mineiro e Copa do Brasil, o Atlético volta a jogar no Mineirão. Hoje, às 17h, recebe o Democrata-GV, pela oitava rodada, tentando esquecer, nem que seja momentaneamente, a malfadada ida a Teófilo Otoni, onde a chuva impediu que o confronto com o América local chegasse ao fim e também onde o atacante Diego Tardelli e o volante Correa sofreram contusões musculares que os tirarão de combate pelas próximas duas e três semanas, respectivamente. A tarefa não é das mais fáceis, pois, quarta-feira, o time terá de voltar ao Vale do Mucuri para disputar os 25 minutos que ficaram faltando da partida. Como o lateral-esquerdo Leandro foi expulso e foram feitas duas substituições, o Galo terá de retornar ao Estádio Nassri Mattar com apenas nove jogadores – não está descartado pedir à Federação Mineira de Futebol que permita a entrada de outro atleta para suprir a ausência de um dos contundidos, o que amenizaria a situação. Mas antes do Dragão, é melhor os atleticanos se concentrarem na Pantera. O time precisa da vitória para não deixar os primeiros colocados se distanciarem, nem permitir que os que estão atrás se aproximem. Com pouco tempo para treinar depois de tantos quilômetros rodados, a ordem no Galo é descansar. “Já colocamos um ‘pijama training’ nos atletas. Agora é dormir e comer para superar o desgaste, não dá para exigir muito deles”, explicou o técnico Vanderlei Luxemburgo. Como todos no Galo, por mais que tente, ele não deixa de pensar no que ocorreu em Teófilo Otoni. Afinal, insistiu para que a partida fosse encerrada ainda no intervalo, justamente por temer pela integridade física dos jogadores. “Não digo que o rapaz (o árbitro Emerson de Almeida Ferreira) é mal intencionado, mas não poderia ter deixado continuar a partida. Perdemos dois jogadores importantes por conta daquela confusão, de o jogo ter parado um bom tempo e eles terem voltado sem o aquecimento ideal, além de ter mudado a dinâmica da disputa. São atletas que vão fazer falta”, argumentou. MUDANÇAS E DÚVIDAS Com os problemas que ganhou, o treinador não adianta o time que começará jogando. O certo é que o zagueiro Jairo Campos, livre de suspensão, volta ao time. Isso não significa que Werley, que o substituiu, vá para a reserva, pois existe a possibilidade de usar o esquema 3-5-2. Quem também entra é o experiente Júnior. Ele vinha sendo usado no meio-campo e agora deve retornar ao lado esquerdo, podendo ser como lateral ou ala. Para ele, não há problema, qualquer que seja a opção de Luxemburgo. “Não venho jogando sempre, mas tenho trabalhado firme justamente para o caso de haver a necessidade de entrar. Estou preparado e pronto para procurar fazer um excelente jogo. Tomara que consiga ajudar a equipe a conquistar a vitória”, afirmou Júnior, que, mesmo sem ser titular, também sente o cansaço das viagens. Quem certamente tem sentido o ritmo é o atacante Muriqui. Um dos que mais se movimentam no time, ele concorda com Luxemburgo que a melhor preparação para o compromisso de hoje foi o descanso. “Além das viagens, o gramado em Teófilo Otoni estava muito pesado, contribuindo ainda mais para nos desgastar. Só tendo muita determinação para superar este momento. Precisamos da vitória e vamos buscá-la”, disse. No meio-campo, Jonílson e Ricardinho estão mantidos. Porém, não se sabe quem e quantos vão fazer companhia a eles. Os volantes Fabiano e Carlos Alberto e os armadores Renan Oliveira e Evandro brigam por vagas.
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