quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Receita: tranquilidade (17/02)

Ludymilla Sá - Estado de Minas

Há quase três anos o Atlético não vence o Cruzeiro pelo Campeonato Mineiro – a última vez foi a goleada por 4 a 0, abrindo a decisão da edição de 2007. Para pôr fim a esse tabu, sábado, às 17h, no Mineirão, o Galo conta com a experiência de vários jogadores, entre eles o goleiro Carini, que fez carreira na Europa e conhece bem o futebol brasileiro. Em 2007, como titular da Seleção Uruguaia, perdeu do Brasil nos pênaltis nas semifinais da Copa América. Mas ele não se recorda com precisão dos detalhes nem de que uma das cobranças adversárias foi do hoje cruzeirense Gilberto. Carini começou profissionalmente no Danúbio, chegou rapidamente à Seleção de seu país e não demorou muito a ser contratado pela Juventus. Em 2004, trocou o time de Turim pela Internazionale, onde sofreu com a dura concorrência de Francesco Toldo e, posteriormente, do brasileiro Júlio César, acabando por ser emprestado ao Cagliari. Posteriormente, foi negociado ao espanhol Murcia. Para o goleiro, a experiência pouco importa quando o assunto é um clássico. “Sempre é um jogo muito diferente. É passional. Sei o que ele significa para o torcedor e por isso uma vitória é importante. É preciso ter tranquilidade nessa hora.” A experiência internacional só é importante mesmo dentro de campo, segundo o uruguaio. “Cada país tem um estilo de jogo diferente, uma maneira diferente de jogar. Aqui no Brasil se joga mais rápido, com poucas faltas. No Uruguai, o futebol é de pegada. Na Europa, é um pouco mais clássico. Individualmente é importante.” Ele participou da última partida contra o Cruzeiro, em outubro, e não teve como defender a cabeçada à queima-roupa do atacante Wellington Paulista, que representou a derrota de seu time por 1 a 0. MUDANÇAS O técnico Vanderlei Luxemburgo orientou ontem na Cidade do Galo o primeiro coletivo para o grande jogo e acenou com a possibilidade de mudanças na escalação. O time que empatou por 2 a 2 com o Uberaba, na rodada passada, sábado, no Uberabão, iniciou a atividade. Obina, Diego Tardelli e Muriqui formaram o trio de ataque. Depois, o treinador trocou Obina pelo armador Renan Oliveira, autor do único gol. A possível mudança é encarada como normal pelo atacante substituído. “Independentemente de estar dentro ou fora de campo, quero sempre ajudar o Atlético, que tem jogadores qualificados na frente. Temos é de nos dedicar mais para vencer”. Apesar do discurso, espera ser escolhido por Luxemburgo, com quem tem uma relação de confiança. Foi indicado por ele ao Palmeiras, no primeiro semestre do ano passado. “Ter a confiança de um treinador como Vanderlei é um privilégio e aumenta ainda mais a minha responsabilidade ter sido indicado duas vezes para fazer parte do grupo dele.” Obina sabe da responsabilidade de vencer o Cruzeiro depois de uma série de insucessos. “É só mais um ingrediente que apimenta o clássico. Por isso a tranquilidade é tão importante nesse momento.” A venda de ingressos para o clássico de sábado reinicia hoje, nos postos tradicionais. A entrada de cadeira especial custa R$ 60; a de superior e a de inferior, R$ 35; a de geral, R$ 10.

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