terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Grupo fraco, time é que paga (09/12)

Paulo Galvão - Estado de Minas

Ao se despedir de 2008, quando completou 100 anos, com derrota por 2 a 0 para o Grêmio, domingo, o Atlético repetiu algumas das falhas mais cometidas na temporada. Tudo reflexo das deficiências do grupo, considerado desequilibrado pelo técnico Marcelo Oliveira, o que impede que a equipe mantenha a regularidade.
Além disso, as falhas individuais também atrapalharam o Galo no ano do centenário. Como no pênalti cometido pelo lateral César Prates em Felipe Mattioni, que ia em direção à linha de fundo, quando o placar do Estádio Olímpico ainda não havia sido alterado. Depois do gol, o tricolor gaúcho se impôs e passou a dominar o jogo, até então equilibrado.
Essta foi a quarta penalidade máxima cometida pelo jogador desde que chegou a Belo Horizonte, em junho. Sozinho, ele foi responsável por 50% dos oito pênaltis assinalados contra os atleticanos no Brasileiro.
A primeira vez que isso ocorreu foi em 23 de julho, pela 14ª rodada do Nacional, diante do Botafogo. Na ocasião, ele derrubou o atacante Wellington Paulista antes do primeiro minuto de jogo, infração convertida por Lúcio Flávio, que abriu caminho para goleada por 4 a 0 dos cariocas.
Já em 25 de outubro, a “vítima” de César Prates foi o ala Marcão, do Internacional, no início do segundo tempo da partida no Mineirão. Alex marcou, permitindo aos gaúchos reagirem depois de saírem em desvantagem. A partida acabou empatada por 2 a 2.
Na goleada por 4 a 1 sobre o Vasco, no Mineirão, em 12 de novembro, ele derrubou Wagner Diniz, mas Leandro Amaral chutou por cima.
O primeiro pênalti cometido por um jogador alvinegro no Brasileiro foi em 12 de junho, na vitória por 4 a 2 sobre o Ipatinga, também em Belo Horizonte. O zagueiro Welton Felipe colocou a mão na bola dentro da área e Gérson Magrão não desperdiçou.
Em 20 de julho, foi a vez de Marcos entrar faltosamente em Maurício, do Coritiba, no Mineirão. Keirrisson cobrou e abriu o placar para os paranaenses, que chegaram ao segundo gol com gol contra de César Prates. O alvinegro, porém, reagiu e virou para 3 a 2.
Foram necessários apenas mais 19 dias e cinco jogos para que o alvinegro cometesse mais uma penalidade máxima, no jogo contra o Grêmio, também no Mineirão. No início do segundo tempo, quando os gaúchos venciam por 1 a 0, Vinícius derrubou Perea na área, com Tcheco sendo eficiente, a exemplo do que ocorreu domingo. O placar, porém, foi bem mais dilatado: 4 a 0.
Até mesmo em clássico o Galo cometeu pênalti. Em 19 de outubro, a equipe alvinegra tentava o empate, quando, nos acréscimos, o goleiro Juninho derrubou Elicarlos. Guilherme cobrou e fechou a vitória celeste.
Em 2009, um dos desejos da torcida é de que a equipe tenha mais calma nas partidas. Principalmente para não cometer pênaltis como o de domingo, quando o adversário não ia em direção ao gol.
TESTES A delegação atleticana retornou ontem de Porto Alegre e, hoje, os jogadores cujos contratos ultrapassam 31 de dezembro realizam exames laboratoriais e testes. Pela manhã, estão escalados Marcos, Sheslon, Raphael Aguiar, Leandro Almeida, Pedro Paulo, Bruno, Welton Felipe e Tchô. À tarde, vão à clínica Jael, Nicolas, Werley, Samuel, Rafael Miranda, Édson e Juninho.
Enquanto isso, é esperada definição sobre quem será o técnico do Galo em 2009. E também quanto à reformulação do grupo.

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