sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Na briga para se firmar (07/11)

Paulo Galvão - Estado de Minas

A briga pela vaga de titular do gol do Atlético continua acirrada e ganhou mais um capítulo ontem, quando o técnico Marcelo Oliveira escalou, no coletivo na Cidade do Galo, Juninho na equipe principal. Com isso, Édson, que havia atuado diante do Botafogo, por causa da suspensão do companheiro, voltou nada satisfeito para a reserva. A opção deve ser confirmada hoje pela manhã, quando o Galo faz o último treino em Belo Horizonte antes de embarcar para Salvador, onde enfrenta o Vitória, domingo, pela 34ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O treinador disse, esta semana, que confia em ambos e afirmou que qualquer um que fosse escalado poderia ajudar a equipe. Ele optou por Juninho, que vinha jogando, apesar da falha diante do Coritiba, na semana passada, que resultou na derrota por 2 a 1, na capital paranaense, pela 32ª rodada.
Pior para Édson, que externou seu descontentamento. “Ainda temos mais um treino para que se defina quem vai jogar, mas claro que fico chateado por ter treinado no time reserva. Nenhum jogador gosta de ficar de fora e não sou diferente. Quero estar sempre jogando, ajudando meu time a buscar bons resultados. Mas cabe ao Marcelo decidir e a mim, acatar”, disse.
Ele deixou o treino de ontem antes dos outros goleiros, com cara de poucos amigos. Porém, garante que isso ocorreu apenas porque estava sentindo dor no braço e foi consultar um dos médicos do clube.
De qualquer forma, o goleiro promete não desanimar. “Sei que só com trabalho vou conseguir recuperar a posição. Então, não adianta ficar falando, tenho é de treinar ainda mais”, afirmou.
A disputa entre Juninho e Édson vem desde o ano passado. Ambos tiveram chances, mas cometeram falhas e não conseguiram passar a confiança desejada por muitos torcedores. Assim, se alternaram no gol alvinegro e chegam ao fim desta temporada tentando se firmar.
Logo no primeiro jogo deste ano já houve alternância entre eles. Juninho começou jogando contra o Democrata, em Sete Lagoas, pela primeira rodada do Campeonato Mineiro, mas se contundiu no segundo tempo, dando lugar a Édson, que entrou aos 22min e sofreu gol 12 minutos depois.
Depois de cinco jogos afastado pela contusão, Juninho voltou e foi titular por 23 partidas, até o embate com o Náutico, quando, para alguns, teria falhado no primeiro gol dos pernambucanos. Édson assumiu o gol atleticano contra o Figueirense e permaneceu por mais 18 partidas, até o empate por 1 a 1 com o São Paulo. Desde então, Juninho retornou e só saiu por ter recebido o terceiro cartão amarelo.
Sabendo que a cobrança sobre os goleiros alvinegros está grande, Édson estuda até a possibilidade de deixar o clube, ao qual chegou em 2002. “Talvez seja bom ser emprestado, respirar novos ares, pois aqui já provei meu valor. Aí, poderia voltar em outra situação”, argumentou.
SEM AMIZADE
A disputa pela posição está tão acirrada que não permite nem mesmo que os dois goleiros tenham convivência fora do ambiente de trabalho. “Somo colegas e nossa convivência é a melhor possível, mas, se disser que somos amigos estarei mentindo”, afirmou Édson, para quem isso em nada atrapalha o trabalho na Cidade do Galo ou cria ambiente ruim no grupo.

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