quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Prova dos 9 (16/10)

Prova dos 9 (16/10)

Ludymilla Sá - Estado de Minas
Paulo Galvão - Estado de Minas

Clássico como o de domingo, às 16h, no Mineirão, entre Atlético e Cruzeiro, exige atenção especial dos jogadores. Afinal, um lance pode provocar a desgraça de um atleta, como também consagrá-lo. Eles sabem disso e procuram pensar apenas na segunda hipótese. Dos que estarão em campo, dois têm maiores chances de deixar o gramado como o novo ídolo da torcida. Por jogarem mais perto do gol adversário, o atleticano Castillo e o cruzeirense Thiago Ribeiro são as grandes esperanças das torcidas de seus times para mais esta edição do maior duelo de Minas e um dos maiores do Brasil.
Ambos chegaram ao futebol mineiro no decorrer deste ano, vindos de clubes de menor expressão do exterior. Até por isso, não provocaram entusiasmo no torcedor logo de cara. Aos poucos, porém, vão atingindo o objetivo comum, que é se destacarem em suas respectivas equipes.
Outro ponto que os une é o fato de terem conseguido marcar apenas um gol cada um até agora. No caso do atleticano, a espera foi longa: quase sete meses para balançar a rede. Já o cruzeirense, que chegou na Raposa em agosto, vindo do Al-Rayyan, do Catar, busca o primeiro gol com a camisa celeste no Mineirão. A única vez que deixou sua marca foi na vitória por 4 a 3 sobre o Figueirense, uma rodada depois da derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, quando foi titular pela primeira vez. Desde então, ele começou a partida vencida pelo São Paulo (2 a 0) e nos triunfos por 1 a 0 sobre Sport e Ipatinga.
Castillo argumenta que não teve muitas oportunidades de mostrar seu valor. E a prova maior é que o clássico será apenas a quinta partida como titular desde que foi apresentado, em 25 de março. Com o bom desempenho no Maracanã, onde abriu o caminho da vitória por 3 a 0 sobre o Flamengo com um golaço, ele está animado a escrever seu nome na história do clássico. “O gol deu tranqüilidade, mas sei que tenho de ir bem contra o Cruzeiro. Trata-se de um adversário tradicional e será muito bom se conseguir marcar novamente. Porém, o mais importante é que o Atlético saia vencedor”, declarou o boliviano.
Com a chance de jogar a segunda partida seguida como titular, ele acha que a tendência é se sair bem. “Todo goleador precisa de seqüência de jogos e de confiança para deslanchar. E não houve isso aqui, não só comigo, mas também com outros atacantes. O Atlético não teve um artilheiro, um homem de referência na frente. Se tiver a chance, quero fazer esse papel”, disse.
Com contrato até dezembro, Castillo sabe que seu futuro depende do que está fazendo. E nada melhor para ter esperança em dias melhores que jogar bem diante do maior rival do Galo. “Sempre é importante fazer gols contra times grandes. Em 2004, fiz três contra o Boca Juniors, o que foi muito bom para a minha carreira. Então, sempre me motivo para jogos assim. Quero terminar bem este ano e, depois, ver se permanecerei aqui ou para onde o futebol vai me levar”, argumentou o jogador, que tem como um de seus objetivos, voltar à Seleção Boliviana.

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